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quinta-feira, 22 de março de 2012

O racismo e a escola



Em nossa sociedade o racismo se estabeleceu em diferentes espaços, posterior a chegada dos grupos étnicos provenientes da Europa e da áfrica, atingindo os povos africanos como forma de hierarquizá-los diante da soberania colonizadora européia.
Atualmente testemunhamos diferentes faces do racismo, dentre as quais destacamos, as relações sociais estabelecidas no âmbito educacional, onde a escola diante da cultura de hierarquização tem sido espaço de diferenciação no sentido de disseminar conceitos que inferiorizam determinados grupos sociais em detrimento de outros. Esses grupos inferiorizados, em sua maioria são oriundos das classes populares, e são etnicamente identificados como afrodescendentes. Para a perpetuação das relações racistas, a escola ainda utiliza recursos variados como: livros didáticos, tratamentos que segregam, um discurso da não-diferenciação que falsamente invisibiliza as diferenças, e utiliza também o currículo oculto que estrutura o não-dito, ou seja, superficializa temáticas como: preconceito, racismo, raça, gênero, sexo, entre outros, além do tratamento irresponsável frente a algumas informações. Sabemos que vários livros didáticos, através de imagens, termos, e lacunas históricas contribuem para a construção de um imaginário que distanciam grande parte da população do processo histórico de formação da sociedade brasileira, desta forma, os indivíduos das classes populares dificilmente se reconhecem como sujeitos. Nesse contexto, o silenciamento ou discurso da superficialidade, contribuem para o arraigamento das relações racistas no espaço escolar.


A escola também contribui para que determinados grupos sociais se configurem como hierarquicamente superiores, a exemplo das relações sociais de gênero e étnicas, principalmente quando privilegia a disseminação de histórias e contos de tradição européia, onde as personagens são brancas com uma posição social privilegiada, pois cria um ambiente propício a violência. Neste caso, cria uma forma simbólica de violência estruturando uma imagem negativa dos descendentes de negros e indígenas, e estrutura um imaginário de perfeição e beleza distanciado do perfil que circunda esses grupos étnicos.
Essa violência no âmbito da sala de aula também ocorre contra a mulher através dos conceitos e tratamentos atribuídos aos diferentes gêneros, quando é exigido das meninas cadernos organizados, movimentos comportados, e atitudes de tolerância, diferente das posturas exigidas dos meninos, cabendo aos mesmos, atitudes de liberdade, desorganização e intolerância, considerando-se em muitos casos, alheios as regras. Essas situações limitam as possibilidades de desenvolvimento das meninas, sendo mais uma forma de violência.
 
Fonte: Blog da professora Márcia Suzana

sábado, 10 de março de 2012

sexta-feira, 9 de março de 2012

Literatura: No meio do preto e branco, coragem e ousadia.


Não tem quem não se renda ao livro Lua cheia, de Antoine Guilloppé, (Ed. Salamandra) pela beleza e ousadia do projeto do mesmo autor de Lobo Negro. Mas aqui, há ainda mais elementos para a leitura. Nesse projeto, estre as páginas com texto, há sempre uma "ilustração" feita com recortes na página. Essa mesma página - num lado branca, no outro negra - faz um jogo de esconde-esconde com o texto que surpreende (veja a brincadeira com o texto da foto acima e como fica no passar da página nas duas fotos a seguir). É um desafio gráfico fazer tais recortes. E é preciso um editor com coragem para topar tamanha ousadia.

A história se passa numa floresta. É noite de lua cheia e algo incomoda os animais. Há um certo suspense no ar. Mas confesso que ele se perde em meio à beleza do livro. Uma experiência sensorial à parte. Para encantar crianças e adultos. Não me canso de entrar na floresta e tocar nos animais. Como um bom roedor de lirvos, saboreio com vagar tudo o que essa leitura tem a me oferecer.


Porém, a cada releitura deliciosa, uma inquietação cresce no meu peito: o autor é europeu e o livro (mesmo a tradução) foi impresso na China. Na dedicatória do livro, o autor oferece-o à quem acreditou na viabilidade do projeto. Então, gostaria de ver livros assim (boas histórias em projetos ousados) feitos por autores e ilustradores brasileiros, publicados originalmente em editoras "brasileiras". Com tanta criatividade à solta, imagino que surgiriam outras belezas raras como essa que encantariam o mundo.

Temos autores de inspiração ímpar. Ilustradores absurdamente criativos. Conheço alguns projetos interessantes que vão além da tinta impressa no papel. Mas ainda são incipientes. Desejo que em 2012 haja mais coragem e ousadia em nossa literatura infantojuvenil. Enquanto engatinhamos, sigo firme e forte pela floresta que Antoine Guilloppé plantou em minha biblioteca e no meu coração-leitor. Hatuna Matata!!


Fonte: Blog Roedores de Livros

quarta-feira, 7 de março de 2012

Planejando a festa de aniversário

Bruna faz 3 anos semana que vem. O planejamento da festa foi assim, sem planejamento nenhum. Foi tudo uma grande farra, mas toda hora lembro de alguma coisa que esqueci. Isso que a festa é em uma semana!!


Hoje lembrei que esqueci das bebidas! Foi então que procurei pela minha amiga Miriam Braga, do site Eu  Adoro Festa, e ela me mandou todas as informações que eu precisava. Inclusive me mandou por e-mail um link que preciso compartilhar com vocês: PLANEJAMENTO PARA UMA FESTA (INFANTIL). Essa matéria é simplesmente um guia incrível para você que vai planejar a festa do seu filhote!
Miriam, obrigada! Estou usando sua matéria para fazer o check list de tudo o que esqueci :-)

 

Cinema: Gato de Botas, o Filme


  • Gênero: Animação
  • País / Ano: EUA / 2011
  • Duração: 90 minutos
  • Direção: Chris Miller
  • Elenco: Antonio Banderas, Salma Hayek, Zach Galifianakis
  • Censura: livre

O personagem surgiu no segundo longa-metragem de Shrek e, cheio de charme e malícia, o Gato de Botas tem aqui o auxílio de novos companheiros para amparar sua história. Na trama, ele foi expulso do vilarejo San Ricardo depois de se envolver em roubos. Quem o pôs nessa jogada foi Humpty Dumpty, seu coleguinha desde os tempos de orfanato. Agora, ambos se unem para uma nova empreitada: furtar os feijões mágicos de um casal para chegar até uma gansa que bota ovos de ouro. Técnica impecável, humor espirituoso e ligeireza na ação completam a animação, que conquistou indicação ao Oscar da categoria. Estreou em 09/12/2011.


Por Miguel Barbieri Jr. para Veja São Paulo